Exijo um tipo de sociedade em que o recolhimento, o retiro, seja um direito natural. Acuso o mundo moderno de ter invadido a minha solidão, de ter introduzido nela a política e guerras totalitárias. Como tal, vejo-me obrigado a exigir que se transforme o mundo. E não me digam que tal exigência seja desmedida: ela constitui a condição básica da sua existência. É muito difícil para mim aceitar esta tarefa, que não implica qualquer agradecimento: manter-me aparte e agir como intermediário; comunicar algo tão essencial como queijo e vinho. A sociedade nunca chegará a compreender estas exigências, continuará indiferente. No entanto, eu devo aprender e compreender a sociedade. Devo aceitá-la? Faço-me explodir.