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A mostrar mensagens de dezembro, 2009

Adiado

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Robert Frank - Elevator Miami Beach O beijo que não te dei. Que possa ser eterno como o rio: partir, chegar, passar sempre e ser sempre o rio. É cedo para o Inverno. A minha hora não está no relógio... fiquei fora do tempo! Tarde, pronto, perdido ontem, incerto amanhã, incerto hoje. Datas e horários que não podem fixar, sujeitar um beijo!

Querer II

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Quero-te porque és minha cúmplice e somos muito mais que dois. E pelo teu rosto sincero e o teu caminhar decidido. Quero-te em mim. Quero-te porque és quem amo, minha cúmplice em tudo e somos muito mais que dois.

Querer I

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As tuas mãos são a minha carícia, o meu acordar. Quero-te porque és minha cúmplice, e somos muito mais que dois. Os teus olhos são a minha arma contra viagens indesejadas, quero-te pelo teu olhar. A tua boca que é tua e minha, a tua boca não se engana, quero-te porque a tua boca sabe gritar desejo.

Disse-te

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Quero-te. Disse-o com o vento; com o sol, que doura os nossos corpos despidos e está em todas as coisas; com as núvens que seguram o céu, tristezas fugitivas; com as plantas, criaturas transparentes; com a água luminosa sobre um fundo de sombra; com alegria, com palavras. Mas não me chega assim: para além da vida, quero dizê-lo para além do amor, quero dizê-lo com o eterno.

Sei bem

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Queria-te, eu sei. Soube-o logo, quando senti a tua ausência no meu sangue. Andava com o desejo no lábio, entre madrugada e sombra... Regressa agora o vento a levantar castelos à minha frente, visto a minha voz para dizer-te como te quero.

Destinada

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Nan Goldin Tantas luas passadas em claro, gatos e mais gatos, e o hotel era luxuoso. E mais sonhos e beijos e mais beijos que ficaram de tanta lua, que ficaram de tanta água de tanta sede de tanto copo. Uma janela destinada a ti, para que nela te apoies, perfeita. Tu fazes com a tua beleza o que outros fazem com o céu.

Fez

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Talvez não fosse pensar, a fórmula, o segredo, mas dar-me como perdido e achado, talvez pudesse eleger o essencial, tinha que encontrar sentido a toda a coisa. Talvez não fosse viver este estar silencioso e este sentir sobre a música, um silêncio de abismo a cada coisa. Talvez devesse cair em amores quietos, sem alma, ser esqueleto. Talvez não fosse pensar, a fórmula, o segredo, mas amar-te e amar, perdida, intensamente. Talvez pudesse ter o destino da semente em vez de uma lógica amarelecida e um estar de estátua com os olhos vazios. Talvez pudesse vergar este meu destino... Comecei a viver no dia em que o talvez se fez.

Aprender #2

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Edward Weston A minha táctica é olhar-te, aprender como és, querer-te como és. A minha táctica é falar-te e escutar-te, construir com palavras. É ser real, saber-te assim e que não nos vendamos nem fazemos simulacros, que entre os dois não haja tela nem abismo.

O vísivel

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Após um breve descanso, pôs-se de pé. Ainda tinha que percorrer um longo caminho para chegar ao sítio onde se dirigía. À sua direita, um promontório que entrava pelo mar, e à sua esquerda, uma extensa praia de areia fina. Desceu lentamente. Nem um ser humano se distinguia até onde chegava o olhar. Algunas gaivotas voavam sobre a espuma com as asas abertas, umas atrás das outras, como cometas suspensos por um fio invisível.

Ela mar

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Sentada na areia, com os olhos brilhantes pelo prazer de um passeio junto à líquida planura do mar. As águas eram de um azul profundo. A tranquilidade no ar e a quietude da maré baixa davam ao oceano a aparência de uma vasta imobilidade. Nem uma onda nem uma ruga sobre o seu espelho tenso. Ali ao fundo, na linha do horizonte, as velas de um barco interrompiam a solidão das caladas ondas.

Revemos dias futuros

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Profundos e plenos, breves e imensos, os teus olhos no teu rosto; ascende a chama, parece que a manhã se incorpora luminosa, ali entre mar e céu, sobre a linha que se mede entre os dois azuis, a linha que em nós se detém e nos beija o olhar; silenciosamente, revemos os nossos dias. Abrem-se os olhos ao amanhecer.

Abre

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A quantidade de mundos que abres com os olhos, que fechas com os braços. A quantidade de mundos que fechas com os olhos, que abres com os braços.

Alegria

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Jesper Just Foi uma alegria de uma única vez, dessas que não são nunca mais iguais. Fui arrebatado pela claridade. Foi uma alegria como a manhã, que queimou de tanto se acender, rir, dilatar. Tu e eu. Foi uma alegria ao amanhecer, a mais pura de todas as verdades. Foi a primeira vez da alegria; as outras cairão como areia. Foi uma alegria para sempre dupla.

Água

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Somos água que se acaricia. Somos portas que se abrem e se fecham. Somos água que se remove, enrola, se entrelaça, viva.