Silêncio




São os anos de dor anos de desperdício? São os anos de prazer anos aproveitados? Devo morrer, terei deixado alguma marca? Algum legado de silêncio, algum de preocupação? Deve ser cavada uma sepultura, terei um alojamento solitário? Um de paz ausente, um de revolta?

Alguma vez saberei da minha morte? Uma de ódio, uma de amor? Devo fechar os olhos, alguma vez verei a verdade? Uma de mentiras, uma de desilusão? Devo então amar-te? Devo tentar, devo falhar? Devo preencher aquele desejo vazio? Devo dar-te esta pele marcada?

Devo amar-te, os anos de dor não serão desperdiçados. Devo amar-te, os anos de prazer não derreterão em prazeres conseguidos. Devo amar-te.

Comentários

M disse…
na solidão da dor cresço, aprendo-me... se não me fechar se não me deixar ocupar pela amargura levanto-me... talvez mais estranho,talvez mais forte, reconheço-me de novo do prazer de viver, todos os dias como se fossem o ultimo.
Unknown disse…
sim, também crescemos quando estamos sós.

obrigado, m.
Maria disse…
Mas crescemos muito mais quando estamos com alguém que nos eleva, acrescenta todos os dias e revela o melhor de nós. Agora sei - 'o que nenhum anjo sabe' - mas também que não há nenhuma liberdade a não ser esta, a nossa.

Beijo-te apaixonadamente 3 anos depois do recomeço da nossa história, da nossa vida.

Sempre, para sempre, tua.

Mensagens populares deste blogue

Um incêndio

Sentido de despertar