Maria



Apareceu uma manhã lá na sala do grupo juvenil; a sala ficou cheia de verão. Reapareceu, vinte anos mais tarde, uma noite de final de verão, entre luzes e colunas. Senti-me ao ar, sem piso, sem peso, e senti-me suar depois de pegar na mão dela com a minha já húmida.

Olhei-a e, às vezes, ela olhava-me para além do olhar (não o sei explicar melhor). Nunca me esqueci que se chamava Maria e não precisei de voltar a olhar para saber que ainda a amava.

Comentários

Maria disse…
Build a room for your love
Take your time when you tell her
How she lives in your blood
...

Um gesto, um toque na cornucópia na tua orelha esquerda...

E um dia, a revelação...

e se alguém respirasse e cantasse uma palavra,
e de súbito fosse respirado por ela...

- Amo-te.

Contigo, tudo.
Unknown disse…
Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

[Pablo Neruda]

Nunca o teu riso, nunca um amor assim.
Contigo, tudo.
Someone disse…
Só um a parte...ainda bem que apareceu a Maria, fez nascer o arco iris no olhar de alguém e eu tive o enorme prazer de a conhecer.

Um grande beijo para o Damien e outro para a Maria :)
Unknown disse…
Obrigado, Someone.

Sim, sou incrivelmente afortunado. Tive a sorte de encontrar na Maria o que muitas pessoas tanto procuram e acabam por morrer sem nunca o encontrar. Pois eu, amei plenamente e assim fui, posso agora morrer e, ao último bater de coração, dizer "eu vivi."

Um beijo grande para ti também.
Maria disse…
Obrigada...
Um beijo e um abraço forte para ti, Someone.

Mensagens populares deste blogue

Um incêndio

Sentido de despertar