Nesta noite



Nesta noite, quando a lua se lança sobre os mundos, eu pergunto-te o que procuras nas águas intermináveis que como corpos se amam. Diz-me o que procuras, que é o que procuro. Nesta noite, pergunto-me sobre o destino do sangue correndo como um rio onde toda a carne com a carne, a pele húmida e a terra que se desfaz ao toque.

Comentários

Maria disse…
Esse corpo que, de súbito, se tornou infinito. O corpo do meu par deixa de ser uma forma e converte-se numa substância imensa na qual, ao mesmo tempo, me perco e me recupero.

O.Paz in, A Chama Dupla

Onde me perco e recupero.
Contigo,
Unknown disse…
Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

[Pablo Neruda]

O teu riso, onde vivo.

Mensagens populares deste blogue

Os realizadores - parte I

Dois