Entre montes IV



Colhemos frutos abundantes, aqui, entre nós. Sou feliz a cada olhar e profundamente agradecido pela tristeza afastada.

Derrete-se o ar em lenta cadência. Caminhamos a passo certo por entre montes enovoados. Chegamos, inclino-me sobre o teu peito, faz-se silêncio: a terra adormece.

Comentários

Maria disse…
Pois ser homem é estar fixo, é pesar, pesar sobre alguma coisa. O amor consegue, não uma diminuição, mas sim uma desaparição dessa gravidade... O centro de gravidade da pessoa transferiu-se para a pessoa amada primeiro, e depois, ficará esse movimento, o mais difícil, o estar «fora de si».

«Vivo já fora de mim»... Viver fora de si, por estar mais além de si mesmo. Viver disposto ao voo, pronto para qualquer partida. É o futuro inimaginável, o inalcançável futuro dessa promessa de vida verdadeira que o amor insinua em quem o sente. O futuro que inspira; que recolherá todos os sonhos e esperanças, donde brota a criação...

O fogo sem fim que crepita no segredo de toda a vida. O que unifica com o voo do seu transcender a vida e a morte, como simples momentos de um amor que renasce constantemente de si mesmo... que flui a toda a hora.

[Maria Zambrano]

Em ti.
Assim,
Unknown disse…
Como nos enganamos fugindo ao amor!
Como o desconhecemos, talvez com receio de enfrentar
Sua espada coruscante, seu formidável
Poder de penetrar o sangue e nele imprimir
Uma orquídea de fogo e lágrimas.

[C.D. de Andrade]

Um fogo que inunda.
Assim,

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