A carta III



"Estamos agora separados – sento-me aqui nu, anseio o beijo. O meu corpo a pedir o teu toque. Entrego-me livremente, teu uma vez mais e apenas para sempre." Não havia nenhuma assinatura, apenas as palavras, "Por um toque selado," e a impressão de um dedo do escritor.

Redobrei cuidadosamente o papel em volta da mecha de cabelo, deslizou de volta para o envelope e regressou ao seu lugar empoeirado sob as tábuas do soalho. Por vezes pergunto-me se nunca se terão encontrado novamente. Só espero que tenham.

Comentários

Maria disse…
"Lembro-me bem do primeiro dia, da primeira hora, do primeiro momento contigo. O dia de todos os dias. Chegou como uma marca solar. Recordo o primeiro toque, a primeira mão sobre a mão. O primeiro dia das nossas vidas."

[F.M.]

Sim, chegaram sim.
Eu estava lá, contigo.
Tudo,
Unknown disse…
"Ela parecia ouvir a minha voz sussurrada. Nunca tinha visto uma face assim e fiquei quieto a espreitá-la. O meu sentir tinha deixado a sua morada e nunca mais regressaria sozinho."

Chegámos pois.
E tudo mais,

Mensagens populares deste blogue

Um incêndio

Sentido de despertar