Abismos opostos II



Agarrou as suas mãos, tocou os seus lábios nos dela e disse "Faço esta promessa: quando precisares de mim, chama-me. Eu virei para o teu lado. E todas as noites irei voltar, polir cada arranhão, corrigir todas as falhas que a vida colocou em ti. Irei deitar-me contigo a aliviar a tua dor. E quando o abismo se for, quando a eternidade for nossa, colocarei o teu presente em lugar de honra para que o mundo possa ver e compreender o que sinto por ti, o que és, a tua vida.

Eles irão perceber que tens finalmente o sentir merecido."

Comentários

Maria disse…
Não será tempo de nós,
os que amamos...
De sermos como a flecha que, vencendo o arco, se solta, toda ímpeto,
passando a ser mais do que ela própria? Pois em lugar nenhum se permanece
imóvel.

... Oh, suave, suavemente
oferece-lhe um trabalho quotidiano amável e confiante - condu-lo
para perto do jardim, dá-lhe o excessivo peso
das noites.........
Detém-no.........

Param no sopé da montanha.
Aí ela abraça-o, chorando.

Rainer Maria Rilke

Contigo, tudo.
Abraço-te,
Unknown disse…
Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!

[José Régio]

Abraço-te,

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