O suicida III



Ele considerava-se um jovem imutável, ela era a beleza em si, toda luz e sorrisos mas inconstante e mesquinha. Conquistou-a e partilharam carinho, uma forma de amor que vem desde a sua infância: ela via-se como uma rapariga rebelde, nos dias em que escapava imune à depressão do tempo – a sua vida era um sonho inchado de prazer e romance televisivo.

Mas logo se apagava a chama débil, regressavam os dias frios e escapava-se a falsa juventude, a sua realidade virtual era brilhante demais e oscilava com a descida de temperatura; ela estava apta a viver apenas um carnaval.

Comentários

Maria disse…
Em quem pensar, agora, senão em ti? Tu, que
me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a
manhã da minha noite.

- ensinaste-me
a sermos dois; e a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide. Mas é isto o amor:
ver-te mesmo quando te não vejo, ouvir a tua
voz...

Como gosto, meu amor,
de chegar antes de ti para te ver chegar: com
a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água
fresca que eu bebo, com esta sede que não passa. Tu:
a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti, como
gostas de mim, até ao fundo do mundo que me deste.

N.Júdice

É um privilégio de poucos viver assim.
Beijo-te,
Unknown disse…
A todo o sal conheço que é só teu,
ou é de mim em ti, ou é de ti em mim,
um cristalino pó de amantes enlaçados.

[Jorge de Sena]

Sim. É um enorme privilégio.
Beijo-te,

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