Natural de qualquer parte II


Diz ele que não deve partir de casa, que mantém um quarto para aqueles que vagueiam. Ele também sabe que tarefas atribuir aos insectos na privacidade de divisões seladas, com cortinas pesadas a impedir luz solar – as larvas com a fraqueza do sono.

Nenhuma criatura se pode evadir às armadilhas que colocou para apanhar o que as assombra.

Comentários

Maria disse…
Como quem, vindo de países distantes fora de
si, chega finalmente aonde sempre esteve
e encontra tudo no seu lugar,
o passado no passado, o presente no presente,
assim chega o viajante à tardia idade
em que se confundem ele e o caminho.

Entra entao pela primeira vez na sua casa
e deita-se pela primeira vez na sua cama.
Para trás ficaram portos, ilhas, lembranças,
cidades, estações do ano...

Manuel António Pina

Beijo-te,
Unknown disse…
"O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica..."

[Alberto Caeiro]

Bejo-te,

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