O mesmo mundo?
Declaravas nos bosques não ter promessas por cumprir. Rodeado de tons de cinzento a partir de prata e azul, ramos que escurecem o horizonte como veias secas de um corpo baldio. É esse o mesmo mundo? Cada respiração quente desfraldando o vidro da janela, como o calor que faz o cabelo encaracolar. Ficas em casa com medo do frio, medo dos pinheiros, medo de horas que passam, medo deste tempo. À tua frente um electrodoméstico que crepita, um livro que te leva em viagens de sonho, nenhuma delas a tua. Uma casa vazia cheia de coisas.