Em diferença II



Para aquele que é indiferente, a própria vida é uma prisão. Qualquer sentido de comunidade é externo ou, ainda pior, inexistente. Logo, indiferença significa solidão. Os que são indiferentes não vêem os outros. Nada sentem pelos outros, nem se preocupam com o que lhes possa acontecer. Estão rodeados por um enorme vazio. Cheios dele, de facto. São desprovidos de qualquer esperança ou imaginação. Vazios de qualquer futuro.

Comentários

Maria disse…
É a fraqueza do Homem que o torna sociável; são as nossas misérias comuns que levam os nossos Corações a interessar-se pela Humanidade: não lhe deveríamos nada, se não fossemos Homens... se cada um de Nós não tivesse necessidade dos Outros, nunca pensaria em unir-se a eles. Assim, da nossa própria enfermidade, nasce a nossa frágil Felicidade. Se algum Ser imperfeito se pudesse bastar a Si mesmo, de que desfrutaria ele, na nossa opinião? Estaria só, seria miserável. Não posso acreditar que aquele que não precisa de nada possa Amar alguma coisa: não acredito que aquele que não Ama nada se possa Sentir Feliz.

Rousseau

Muitas vezes basta um simples monossílabo para fazer acontecer o futuro.

Tudo,
Unknown disse…
a cadência virá primeiro
os passos raros no coração

ninguém sabe este tempo
o sonhar do pêndulo

(André Ricardo Aguiar)

Tudo,

Mensagens populares deste blogue

Um incêndio

Sentido de despertar