Que o homem é a mais nobre das criaturas, pode inferir-se de nenhuma outra ter contestado tal afirmação.
Ardemos
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Ainda vejo sobre o negro das tuas pupilas o fascínio do ocaso; entrando em mim a cada olhar. Escutas a sombra. Escutas-te a ti mesma. Inspiras. Juntos aqui, sobre o mesmo céu, ardemos juntos.
ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão deixas viver sobre a pele uma criança de lume e na fria lava da noite ensinas ao corpo a paciência o amor o abandono das palavras o silêncio e a difícil arte da melancolia
...é a saudade que nos tem, que faz de nós o seu objecto. Imersos nela, tornamo-nos outros. Todo o nosso ser ancorado no presente fica, de súbito, ausente.
Aquele que diga a primeira palavra deixará cair o primeiro vaso, aquele que golpeie o seu assombro com violência verá aparecer o fogo nos seus cabelos, aquele que ria em voz alta será o primeiro a guardar silêncio, aquele que desperte antes de tempo surpreenderá o seu corpo entre as árvores; e o mar, como algo interrompido, volta a ouvir-se ao longe e na sua respiração escutamos outra vez o ruído daquela porta que bate empurrada pelo vento.
Chega a hora maravilhosa, quando a natureza desperta do sonho e um novo mundo quebra a face terrestre. As estrelas empalidecem no céu sombrio e sobre as montanhas rastejam as névoas de um mundo em vigília. Pássaros inquietos nas copas das árvores estremecem as suas asas. O amanhecer chega rápido. Dispersam-se agora as névoas da face montanhosa e morrem em azul celeste; passa a madrugada, apresenta-se aqui o dia.
Comentários
e uma mulher...
lança a semente.
sob uma nuvem de carmim e chamas,
no oiro fluido e esverdeado
do poente, as sombras agigantam-se.
[A.Machado]
Sim.
Contigo.
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio
e a difícil arte da melancolia
[Al Berto]
Sim.
Contigo,
[E. Lourenço]
A caminhar...
Contigo,