Regressa



Escrever é procurar a calma e, às vezes, encontrá-la. É o regresso ao lugar. Acontece o mesmo com a leitura. Quem escreve ou lê de verdade, isto é, para si mesmo, regressa à casa onde se sente. As pessoas que nunca escrevem nem lêem, ou o fazem por obrigação, estão sempre fora do seu lugar, ainda que tenham muitos. São pobres, e empobrecem a vida.

Comentários

Maria disse…
A poesia nasce e faz-se aqui neste fazer-se poesia
aqui onde a poesia toma as proporções da mensagem do dia
a esta luz mediterrânica
este sol
esté céu
aqui a poesia se transforma no todo da natureza
e restitui ao convívio aquilo que ele não dá
A poesia assim maravilhosamente constituída
vem dar novas forças
faz do homem o ser absoluto por natureza
e traz consigo todas as canções

Vem como uma mulher nua e despida
apresentas-te tal e qual tu és e bem o sabes

A poesia conhece o ouro e dele faz em prata
intui assim a necessidade de recriação para a direita
ou para a esquerda
a poesia assim é maravilhosa alquimia da vida
dá-te a ti tudo o que os outros te recusam
e torna-te ouro ou prata
conforme o quiseres
e assim
e assim ouro ou prata
se tu para cima ou para baixo
se os teus desejos te sobem em direcção ao céu
ao superior

Ela dá-te e reconstitui-te o ser

Se a ela obedeces é o dia que nasce
é a maravilhosa recriação do nada
a luz natural e a vida
A poesia torna-te no homem com que tu sonhas
faz-te inclusive à medida
dá-te o poder mágico de transformar as coisas
onde dizes palavra Ela abre-te a palavra
e então todas as palavras do Mundo
que tu vens a conhecer

é Ela quem te ensina
ensina inclusive a aprenderes a amar

Aqui a poesia te faz bem e nunca mal
te dá beleza do nada
te abre a via do conhecimento e do Ser

Vais ficar a dever tudo a esta maravilhosa
ontologia de Luz e amor

A poesia assim é maravilhosamente celeste
e renovadora
dá-te a linguagem das células
faz-te em três dias

A esta mulher ficarás a dever tudo o que não a mais
nenhuma outra do Mundo
A esta onde o sexo para tu explorares...
... a canção do amor.

[A.Botto]

És, assim e assim.
Tudo,
Unknown disse…
É o poema de quem rasga os versos
porque os sentiu demais para os dizer
e os ouve nas ondas tão dispersos
como os sonhos que teve e viu morrer

[António Patrício]

És assim e, sendo para além de imenso, nunca é demais.
Tudo,

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