A última noite



Entre carícias nocturnas, vejo-te inclinar sobre a cama, com a garganta preparada para ser mordida, demasiado ardente para estar imaculada, e os teus lábios entreabrindo-se; não sei o que disseste mas percebi uma palavra: prazer.

E toda a tua boca era vinho para a minha boca, e todo o teu corpo era alimento para os meus olhos; os teus braços ligeiros, as tuas mãos quentes, o teu aroma, os teus pés ligeiros, tu, toda.

Comentários

Maria disse…
Vem, serenidade
faz com que os beijos cheguem à altura dos ombros
e com que os ombros subam à altura dos lábios,
faz com que os lábios cheguem à altura dos beijos.

[Raul de Carvalho]

E mais?...
Maria disse…
E mais?...

(estou com algumas limitações na mão direita, é verdade... mas continuo sem limites para ler, ouvir, abraçar, rebolar, amanhecer, dançar...)
Unknown disse…
e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio
e a difícil arte da melancolia

[Al Berto]

Sem limites, contigo.

Mensagens populares deste blogue

Um incêndio

Sentido de despertar