De vida vestida



Mulher despida, vestida da tua cor que é vida, da tua forma que é beleza. Cresci na tua sombra; de olhos vendados pela suavidade das tuas mãos. E (re)descubro-te no final do verão e em plena madrugada. Mulher despida, fruto maduro de carne tremula, extase de vinho negro, boca na minha boca, horizonte puro sob o toque ardente.

Comentários

Maria disse…
"No vento ou numa gota de chuva, adivinhava-te em tudo e procurava sem nunca te encontrar. Mas sabia que existias e não eras um sonho, beleza sem nome, única, procurei-te sempre sem encontrar-te nunca. Até hoje.

Tenho-te ao meu lado, uma beleza sentida. Durmo e acordo neste tempo que nos pertence.

[F.M.]

'Uma eternidade e qualquer coisa mais...'
Contigo.
Unknown disse…
O mar é longe,mas somos nós o vento;
e a lembrança que tira,até ser ele,
é doutro e mesmo,é ar da tua boca
onde o silêncio pasce e a noite aceita.
Donde estás,que névoa me perturba
mais que não ver os olhos da manhã
com que tu mesma a vês e te convém?
Cabelos,dedos ,sal e a longa pele,
onde se escondem a tua vida os dá;
e é com mãos solenes,fugitivas,
que te recolho viva e me concedo
a hora em que as ondas se confundem
e nada é necessário ao pé do mar.

[Pedro Tamen]

E ainda mais outra...
Contigo.

Mensagens populares deste blogue

Os realizadores - parte I

Dois