Vejo-a dormir



Quente aí onde te toco. Radiante em qualquer dos teus poros. Esplêndida e irrepetível. Reproduzimos toda a vida, e afogamos a melancolia com sumo das tuas mãos. Situado o corpo nas nuvens para que chova, sobre as vozes e o movimento. Sermos dois um único verbo.

Comentários

Maria disse…
Estendo as mãos...
Como um cometa, passas em curvatura, tangenciando o meu corpo, brilhando...

Após tanto tempo, talvez não tenhamos mais a simetria dos anjos,
porém ganhamos a densidade dos seres.

Temos a geminiana cumplicidade...

Não há mal quando me deito de costas, de olhos fechados e ansiosos,

esperando o teu corpo eclipsar o meu.

[M.Rollemberg]

Tudo, muito.
Unknown disse…
Águas agrestes minam-te até à transparência e ergues-te
obra o torso
vibrando
com as rosas das cicatrizes. É essa coisa que fazes
obscuramente - se um dia és lenha suada ardes
da tua própria resina se
torneias o vaso dás-lhe pela cinta quieta
uma pancada salgada um donaire
de onda, tocas na curva da bilha : ficas harmonioso.

[H. Helder]

E tudo, ainda mais.

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