Agora é um tempo



Uma inquietude. Um galopar repentino ingovernável. Um tempo de amar.

Comentários

Maria disse…
e Tu viras vibrantemente a cabeça
e entre a Tua cabeça e a minha a luz é tratada
segundo a maravilha

estende a Tua mão contra a minha boca e respira,
e sente como respiro contra ela,

táctil, ininterrupta,
e a Tua mão sinta contra mim
quanto aumenta o mundo

e diz-se:
toca-me, e toca-se, e os dedos
despedaçam-se, e aquilo em que se toca alumia-se
até ao intacto, o intocável...

oh quero-te em volta de luz batida,
em língua máxima...

sou eu que te abro pela boca,
boca com boca...


[H.H. in, A Faca Não Corta o Fogo]

Tudo, muito.
Contigo,
Unknown disse…
A palavra é uma estátua submersa,um leopardo
que estremece em escuros bosques,uma anémona
sobre uma cabeleira.Por vezes é uma estrela
que projecta a sua sombra sobre um torso.
Ei-la sem destino no clamor da noite,
cega e nua,mas vibrante de desejo
como uma magnólia molhada.Rápida é a boca
que apenas aflora os raios de uma outra luz.
Toco-lhe os subtis tornozelos,os cabelos ardentes
e vejo uma água límpida numa concha marinha.
É sempre um corpo amante e fugidio
que canta num mar musical o sangue das vogais.

[A.R. Rosa]

Sempre.
Contigo,

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