Só a noite



Só a noite. A placidez errante da nebelina. A solidão sem fim das estrelas. Voa um rumor distante, coalha-se na sua voz. Bosques de copas exactas, horizontes acima no seu incerto limite de tronco e pedra, a solidez das sombras. Nem a lua, nem a estrela viva. A gravidade do silêncio grava no granito o voo da noite.

Comentários

Maria disse…
Ouves o sussurro das sombras?
ali, na noite, algo acontece
a lua é vermelha e ansiosa

atrás desta janela a noite treme
e a terra pára de girar
atrás desta janela
qualquer coisa desconhecida inquieta-se comigo e contigo...

coloca as tuas mãos... escaldantes,
nas minhas mãos amorosas...

entrega os teus lábios ao toque
dos meus lábios amorosos...

[F.Farrokhzad]

E todos os dias.
Tudo,
Unknown disse…
da tua à minha boca
a curta distancia
de um sopro vai
e tudo em nós se mistura...

em tuas mãos, o ritual do fogo se inicia
e cresce a lava do desejo
que nos arrasta
por entre sussurros e explosões

[Angela Santos]

E tudo em nós...

Mensagens populares deste blogue

Os realizadores - parte I

Dois