Regresso



Vem a mim no silêncio nocturno; vem no silêncio falado de um sonho; vem de olhos brilhantes como sol em água; regressa em sorrisos, o amor de anos começados. A doce vida, muito doce, muito agri-doce, cujo despertar ocorre for a deste mundo; onde os olhos sedentos espreitam a porta lenta que ao abrir, deixando entrar, não mais deixa sair.

Regressas a mim em vida, para que eu me possa dar pulso a pulso, respirar a respirar.

Comentários

Maria disse…
As coisas que sei explico-tas.
Sem negligência.
Mas as outras também acrescentam a nossa vida.

Eu olhava
o seu joelho dobrado, como ela dormia,
levantando o lençol -
não era apenas amor. Este ângulo
era o cume da ternuram e o cheiro
do lençol, a lavado e a primavera, completavam
este inexplicável, que eu procuro,
em vão ainda, explicar-te.

[Yannis Ritsos]

Assim, sabes... tudo e ainda mais.
Contigo,
Unknown disse…
Nunca o verão se demorara
assim nos lábios
e na água
- como podíamos morrer,
tão próximos
e nus e inocentes?

[E. de Andrade]

Ansioso por mais um (e outro e ainda outro e outro mais) verão contigo.

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