Que o homem é a mais nobre das criaturas, pode inferir-se de nenhuma outra ter contestado tal afirmação.
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Quando chegou à minha porta, ela não mostrou o rosto. De cabelos cor de avelã, a sua forma em constante transformação, o seu corpo. Ela ainda trazia a beleza escondida atrás de uma mascara de pedra; eu ansiava.
e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão deixas viver sobre a pele uma criança de lume e na fria lava da noite ensinas ao corpo a paciência o amor o abandono das palavras o silêncio e a difícil arte da melancolia
Lisboa, 2015 (Fernando M.) Os comboios, como se parecem com a vida! Faltavam duas horas. Duas horas mais tarde, à chegada, saberíamos a sorte que nos esperava a todos. Duas horas.
Desde pequenos estavam marcados pelo amor. Por detrás da sua aparência quotidiana guardavam a ternura e o sol de meia-noite. As mães encontravam-nos a chorar por um pássaro morto. Estes seres viveram no mundo dos realizadores de sonhos, atacados ferozmente pelos portadores de profecias de catástrofes. Chamaram-lhes iludidos, românticos, pensadores de utopias. Os realizadores de sonhos faziam amor todas as noites. Desta forma recomeçou o mundo a sua vida.
F.J. Torgal Dois silêncios em separado que, reunidos, encontram a voz; dois olhares que juntos sorriem, agora perdidos como estrelas por detrás de árvores sombrias; duas mãos distantes em que toque se anseia; dois peitos de mútua chama, feitos o mesmo; dois, o mesmo mar.
Comentários
do vento, têm o corpo feliz de ser tão seu e
tão denso em plena liberdade.
Lançam os braços pela praia fora e a brancura
dos seus pulsos penetra nas espumas.
Passam aves de asas agudas e as curva dos seus
olhos prolonga o interminável rastro no céu branco
Com a boca colada ao horizonte aspiram longamente
a virgindade de um mundo que nasceu.
recém-criados...
ainda nus ainda deslumbrados...
onde tudo é divino como convém ao real...
[Sophia M.B.A.]
Assim é, assim somos.
Contigo,
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio
e a difícil arte da melancolia
[Al Berto]
E amanhecemos.