A carta I
O envelope amarelado encontrado debaixo de tábuas soltas, chamou-me. Apanhei-o, soprei o pó, li o nome.
As minhas mãos tremiam enquanto tirava a carta dobrada, abri-a lentamente, uma mecha de cabelo caiu no chão. Um pedaço da história de alguém prestes a ser revelado, escrito numa única folha datada Junho 20, 1971. "Querida Maria," começava. "Sento-me nu perante a minha máquina de escrever, à procura de palavras e de chaves para colocar no papel."
Comentários
Jorge e Mécia de Sena in, Isto Tudo Que Nos Rodeia - cartas de amor
Amo-te também assim.
Tudo,
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
[Alexandre O'Neill]
E há palavras que guardo apenas para ti.