Silêncio
As tuas mãos abertas sobre a relva fresca, o dedo aponta para lá do campo: os teus olhos sorriem tranquilos. A vegetação brilha sob céus dispersos. Tudo em nosso redor, até onde os olhos alcançam, são campos de orla prateada. Este silêncio visível, quieto como um mostrador de relógio.
Comentários
Pois a poesia é a minha explicação com o universo, a minha convivência com as coisas, a minha participação no real, o meu encontro com as vozes e as imagens. Por isso o poema fala não de uma vida ideal mas sim de uma vida concreta: ângulo da janela, ressonância das ruas, das cidades e dos quartos, sombra dos muros, aparição dos rostos, silêncio, distância e brilho das estrelas, respiração da noite, perfume da tília do orégão."
Sophia M.B.A.
Assim também, contigo.
Beijo-te,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa."
[Pablo Neruda]
É assim. A ti.
Beijo-te,