Silêncio



As tuas mãos abertas sobre a relva fresca, o dedo aponta para lá do campo: os teus olhos sorriem tranquilos. A vegetação brilha sob céus dispersos. Tudo em nosso redor, até onde os olhos alcançam, são campos de orla prateada. Este silêncio visível, quieto como um mostrador de relógio.

Comentários

Maria disse…
"Pede-me antes a inteireza do meu ser, uma consciência mais funda do que a minha inteligência, uma fidelidade mais pura do que aquela que eu consigo controlar. Pede-me uma intransigência sem lacuna. Pede-me que arranque da minha vida que se quebra, gasta, corrompe e dilui uma túnica sem costura. Pede-me que viva atenta como uma antena, pede-me que viva sempre, que nunca me esqueça. Pede-me uma obstinação sem tréguas, densa e compacta.

Pois a poesia é a minha explicação com o universo, a minha convivência com as coisas, a minha participação no real, o meu encontro com as vozes e as imagens. Por isso o poema fala não de uma vida ideal mas sim de uma vida concreta: ângulo da janela, ressonância das ruas, das cidades e dos quartos, sombra dos muros, aparição dos rostos, silêncio, distância e brilho das estrelas, respiração da noite, perfume da tília do orégão."

Sophia M.B.A.

Assim também, contigo.
Beijo-te,
Unknown disse…
"É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa."

[Pablo Neruda]

É assim. A ti.
Beijo-te,

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