As voltas


O sol, derretido e nu, enrugou-nos os olhos, protegidos pelas mãos. A correr, passaste por mim em direcção à sombra das árvores. Virei-me deslumbrado, foquei a maravilha. Correste por entre as árvores, virando, rodopiando a dançar e cada girar te trazia mais perto do banco onde estava sentado.

Comentários

Anónimo disse…
Tão simples e tão belo.
H. Santos disse…
Uma curta metragem em palavras, forte xD
Unknown disse…
Obrigado pelas vossas palavras e pela visita, Cármen e Cota.
Maria disse…
"A água maravilha-se.

Inquinam-se as imagens, a pequena rotação do outono,
o dia decompõe-se, o sangue explode contra a claridade."

Luís Miguel Nava

Beijo-te,
Unknown disse…
Como um incêndio ateado ou um insecto suspenso sobre a água, os nossos corpos de silencioso aroma.

Beijo-te, Maria

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