Moderno

Hans Steiner
Exijo um tipo de sociedade em que o recolhimento, o retiro, seja um direito natural. Acuso o mundo moderno de ter invadido a minha solidão, de ter introduzido nela a política e guerras totalitárias. Como tal, vejo-me obrigado a exigir que se transforme o mundo. E não me digam que tal exigência seja desmedida: ela constitui a condição básica da sua existência.

É muito difícil para mim aceitar esta tarefa, que não implica qualquer agradecimento: manter-me aparte e agir como intermediário; comunicar algo tão essencial como queijo e vinho.



Comentários

Maria disse…
"Desde o tempo tempo em que muitos de vocês ainda não existiam, tenho andado a aprender e a reaprender, como escritor e como pintor, o significado daquelas máximas imemoriais «o que cura um mato outro» e «quem faz o que deve a mais não é obrigado». Ora - como inconferencista - sou por sorte confrotado com aquele igualmente antigo, mas muito menos austero, dictum «a palavras loucas, orelhas moucas». Pois enquanto um conferencista genuíno tem de obedecer às regras da conveniência mental e vestir as suas idissincrasias pessoais de generalidades colectivamente aceitáveis, um ignoramus autêntico permanece de todo inconvenientemente livre para falar como lhe apeteça. Esta perspectiva anima-me, porque prezo a liberdade; e nunca esperei que a liberdade fosse menos do que o inconveniente." e.e.cummings

Não estamos condenados ao que julgamos que nos condenaram.

Beijo-te,
Unknown disse…
"A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado.
A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá pra almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia."
[Marina Colasanti]

A gente não se acostuma, nem se julga condenada.
Beijo-te,

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