Que o homem é a mais nobre das criaturas, pode inferir-se de nenhuma outra ter contestado tal afirmação.
A natureza do vento
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Lâminas afiadas de relva voam
no vento, o vento é como muitas coisas, emoções, árvores; o vento não tem
vergonha, não justifica o que faz, não se arrepende; o vento é o vento, é a sua
natureza.
tentar dizer aquilo que foge às palavras e que, no entanto, precisa delas para existir com a forma de palavras. Mas eu questiono, pergunto-me, será que são necessárias as palavras? Eu sei que entendes o que não sei dizer. Repito: eu sei que entendes o que não sei dizer. Essa certeza é feita de vento. Eu e tu somos esse vento. Não apenas um pedaço do vento dentro do vento, somos o vento todo. Escuta, ouve. Amor. Amor."
"Se te quiserem convencer de que é impossível, diz-lhes que impossível é ficares calado, impossível é não teres voz. Temos direito a viver. Acreditamos nessa certeza com todas as forças do nosso corpo e, mais ainda, com todas as forças da nossa vontade. Viver é um verbo enorme, longo. Acreditamos em todo o seu tamanho, não prescindimos de um único passo do seu/nosso caminho." [José Luís Peixoto]
Aquele que diga a primeira palavra deixará cair o primeiro vaso, aquele que golpeie o seu assombro com violência verá aparecer o fogo nos seus cabelos, aquele que ria em voz alta será o primeiro a guardar silêncio, aquele que desperte antes de tempo surpreenderá o seu corpo entre as árvores; e o mar, como algo interrompido, volta a ouvir-se ao longe e na sua respiração escutamos outra vez o ruído daquela porta que bate empurrada pelo vento.
A árvore em frente à sua casa cheirava-lhe diferente a cada manhã. Por vezes um aroma como os cabelos da sua mãe. Outras vezes levava o cheiro das flores emprestado; e outras ainda cheirava como de regresso de uma longa caminhada. A árvore em frente à sua casa tinha diferentes cheiros, como as pessoas crescidas.
Comentários
Escuta,
ouve.
Amor.
Amor."
José Luís Peixoto
O vento todo.
Assim, tudo.
Beijo-te,
[José Luís Peixoto]
Não prescindo de viver. Contigo.