As mãos


As esguias mãos tão suaves, as mãos que tocam aqueles que nascem em determinada noite de vinho brindado e flores evanescentes; as mãos que eu beijo, até ao extremo de cada dedo e delicadamente em redor de cada pulso coloco uma pulseira com os meu lábios; as suaves mãos, minhas por todas as noites que restam, com aquele prazer da descoberta de outras terras, as tuas mãos, minhas pelos dias que restam.

Comentários

Maria disse…
"Sim, seguro a pesada cabeça
em minhas mãos,
mas dentro nasce um poema."

Adam Zagajewski

Porque tudo o que vem de ti é um poema.
Beijo-te,
Unknown disse…
"As mãos pressentem a leveza rubra do lume
repetem gestos semelhantes a corolas de flores
voos de pássaro ferido no marulho da alba
ou ficam assim azuis
queimadas pela secular idade desta luz
encalhada como um barco nos confins do olhar"

[Al Berto]

Beijo-te,

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