Tenho em mim que havemos sempre de viver juntos um com o outro que havemos de selar os nossos destinos na terra, na água, no ar e no fogo no fogo que irradias ... e que a água vem apagar e não apaga no ar que nos consome e que nós respiramos os dois juntos"
"era como que uma cadeira sentada sem um não falar de coisa alguma com a palavra por baixo nada faria prever que o vento fosse de azul para cima e que a pose uma nostalgia de movimento deambulante"
Lisboa, 2015 (Fernando M.) Os comboios, como se parecem com a vida! Faltavam duas horas. Duas horas mais tarde, à chegada, saberíamos a sorte que nos esperava a todos. Duas horas.
Desde pequenos estavam marcados pelo amor. Por detrás da sua aparência quotidiana guardavam a ternura e o sol de meia-noite. As mães encontravam-nos a chorar por um pássaro morto. Estes seres viveram no mundo dos realizadores de sonhos, atacados ferozmente pelos portadores de profecias de catástrofes. Chamaram-lhes iludidos, românticos, pensadores de utopias. Os realizadores de sonhos faziam amor todas as noites. Desta forma recomeçou o mundo a sua vida.
F.J. Torgal Dois silêncios em separado que, reunidos, encontram a voz; dois olhares que juntos sorriem, agora perdidos como estrelas por detrás de árvores sombrias; duas mãos distantes em que toque se anseia; dois peitos de mútua chama, feitos o mesmo; dois, o mesmo mar.
Comentários
juntos um com o outro
que havemos de selar os nossos destinos
na terra, na água, no ar e no fogo
no fogo que irradias
... e que a água vem apagar e não apaga
no ar que nos consome e que nós respiramos os dois juntos"
António Gancho
Assim mesmo.
Beijo-te,
um não falar de coisa alguma com a palavra por baixo
nada faria prever que o vento fosse de azul para cima
e que a pose uma nostalgia de movimento deambulante"
[antónio gancho]
Beijo-te,