Os imortais e os três problemas
Mais uma brilhante conferência do Gonçalo M. Tavares acompanhada pelo arrebatador fado da minha amiga Aldina Duarte. São momentos roubados ao tempo como este que dão todo o sentido à nossa condição de mortais. Disse o Gonçalo que vivemos estranhamente rodeados de “imortais”: pessoas que se dão ao luxo de perder tempo com merdas (esta expressão já é minha), como se fossem viver para sempre e o tempo lhes sobrasse para tudo. A verdade é que não, que iremos todos morrer mais dia menos noite.
Outra questão de que o Gonçalo falou foi de 3 alegados problemas que afligem as pessoas que não têm o hábito e o prazer da leitura: o isolamento, o silêncio e a imobilidade. Quando na realidade os problemas estão nas suas antípodas: os grupos de que todos devem (à força) fazer parte, por oposição a um individualismo de carga negativa; as palavras, o discurso fútil e inconsequente, o ruído constante; e a velocidade a que tudo anda ou se faz. A popularidade do Facebook face aos blogues é disto um perfeito exemplo.
Precisamos de nos isolar para melhor reflectir, tal como do silêncio para nos ouvirmos.
E não, parar não é morrer.
Comentários
(...) e ouvi a Helena Vasconcelos dizer que vive para estes pequenos momentos que lhe iluminam os dias e a alma. E o Gonçalo M. Tavares com o seu ar tímido e sereno dizer que aquele grupo de pessoas que ali tinha estado a assistir era bom, tinha-lhe transmitido um bom sentimento, uma boa sensação."
io, in Amor e outros desastres
Beijo-te,
Beijo-te,
Cumprimentos
Obrigado pela visita.
Cumprimentos