© Fernando Morgado Tenho falado, sobre as minhas caixas, as minhas memórias, as minhas pessoas. Sobre cada um, são diferentes, sendo nenhum o mesmo. Ao limpar, começo a abrir caixas, espreitando as que já não vejo há algum tempo, reclassifico. Não deito nenhuma fora, só as volto a embalar. Coloco novos rótulos, mudo-as de sítio. Continuam por perto. Mudo as minhas prioridades, ajusto a minha vida, quero-a melhor.
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'o silêncio do amador e da amada alimentam
o imprevisto silêncio do mundo e do amor.'
Herberto Helder, in A colher na boca
Beijo-te,
Beijo-te,