Da ordem do sentir
Não posso escrever sobre ti uma verdade superior a ti mesma. Não poderei ir mais além. O que guardo de ti não é da ordem da física: os teus joelhos, sabor de vinho na língua, perfume nos braços, olhar e voz que me abrasam; não se apagarão. Isso é só meu.
A noite leva-me a luz, objectos que não se vêem, intuem-se. E o silêncio é o que cai quando tudo se sabe e nada se espera.
Comentários
O teu aroma, o teu toque, a tua pele. Comigo, as estrelas que juntos vimos desaparecer, um novo dia. Comigo, tu.
E sim, há coisas que se deixam ir como outras se guardam. Como este dia.
E não ter medo das sombras,
nem das aves negras nos meus braços de mármore,
nem de te ter perdido – não ter medo de nada...'
...-te.
...-te.
Tudo, muito mais do 'que só e apenas por uns escassos minutos'...
...-te, tudo.
...-te, tudo.