Mãos lentas



Entre a água e a sombra, um olhar nocturno na metade ardente do braço, a luz que nos une como uma carícia, como um ombro perfeito. (Terei respirado a sua luz? Ao olhar-te, aproximo a lágrima). Sente-se o fogo contra o esquecimento, a chama dupla. Detenho o silêncio em tudo quanto tocas, as mãos lentas no meu rosto, em redor das costas maduras.

Comentários

Maria disse…
De súbito respira-se melhor e o ar da primavera
chega ao fundo.

de súbito a alvorada
cai-me entre as mãos como uma laranja rubra.

[J.Gaitán Durán]

Nas tuas mãos, a metade da minha chama dupla.
Tudo,
Unknown disse…
Em ti o meu olhar fez-se alvorada,
E a minha voz fez-se gorgeio de ninho,
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura do linho

[Florbela Espanca]

Tudo,

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