Mãos lentas
Entre a água e a sombra, um olhar nocturno na metade ardente do braço, a luz que nos une como uma carícia, como um ombro perfeito. (Terei respirado a sua luz? Ao olhar-te, aproximo a lágrima). Sente-se o fogo contra o esquecimento, a chama dupla. Detenho o silêncio em tudo quanto tocas, as mãos lentas no meu rosto, em redor das costas maduras.
Comentários
chega ao fundo.
de súbito a alvorada
cai-me entre as mãos como uma laranja rubra.
[J.Gaitán Durán]
Nas tuas mãos, a metade da minha chama dupla.
Tudo,
E a minha voz fez-se gorgeio de ninho,
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura do linho
[Florbela Espanca]
Tudo,