À flor da pele



Ela aproximou-se, de olhos fechados, beijou-me e as nossas línguas conheceram-se... Nunca tive na minha vida um beijo como aquele.
Ela estava encostada a mim, toda. As nossas pernas, pouco a pouco, entrelaçaram-se, sentimos os músculos quentes, que cediam. A minha mão deslizou sobre a sua camisa, adivinhando o corpo que curva a curva ondulava, arrepiando-se a pele.
Com os olhos em delírio, era ali o amor.

Comentários

Maria disse…
O meu amor não cabe num poema - há coisas assim...

O meu amor é maior que as palavras...

O meu amor não se deixa dizer - é um formigueiro que acode aos lábios como a urgência de um beijo
ou a matéria efervescente dos segredos; a combustão laboriosa que evoca, à flor da pele, vestígios de uma explosão exemplar: a cratera que um corpo...

O meu amor anda por dentro do silêncio a formular loucuras com a nudez do teu nome...

[Maria Rosário Pedreira]

O meu amor tem um nome...
Tudo, ainda mais.
Contigo,
Unknown disse…
Mais do que um sonho: comoção!
Sinto-me tonto, enternecido,
quando, de noite, as minhas mãos
são o teu único vestido.

[David Mourão-Ferreira]

O teu nome é uma conjugação do verbo amar.
E tudo mais.

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