Que o homem é a mais nobre das criaturas, pode inferir-se de nenhuma outra ter contestado tal afirmação.
Sou
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As cores e os sons visitam-nos em pequenos grupos, enquanto o sonho duplica o nosso encanto. Põe-se a gritar a alegria, mulher de aroma selvagem. O Outono chegado que nos tomou o sentir com uma só mão.
.... vem estender-te onde os dedos são aves sobre o peito esquece os maus momentos a falta de notícias a preguiça ergue-te e regressa para olharmos a geada dos astros deslizar nas vidraças e os pássaros debicam o outono no sumo das amoras.... .... iremos pelos campos à procura do silente lume das cassiopeias...
Aquele que diga a primeira palavra deixará cair o primeiro vaso, aquele que golpeie o seu assombro com violência verá aparecer o fogo nos seus cabelos, aquele que ria em voz alta será o primeiro a guardar silêncio, aquele que desperte antes de tempo surpreenderá o seu corpo entre as árvores; e o mar, como algo interrompido, volta a ouvir-se ao longe e na sua respiração escutamos outra vez o ruído daquela porta que bate empurrada pelo vento.
Chega a hora maravilhosa, quando a natureza desperta do sonho e um novo mundo quebra a face terrestre. As estrelas empalidecem no céu sombrio e sobre as montanhas rastejam as névoas de um mundo em vigília. Pássaros inquietos nas copas das árvores estremecem as suas asas. O amanhecer chega rápido. Dispersam-se agora as névoas da face montanhosa e morrem em azul celeste; passa a madrugada, apresenta-se aqui o dia.
Comentários
as aves e as folhas e se chove
é sobre o corpo descoberto que arde
a água do outono
Que faremos do corpo e da vontade
de o submeter ao fogo do outono
quando o corpo se queima e quando o sono
sob o rumor da chuva se desfaz
prendendo ao fogo raso
pois só pode
arder imerso quando tudo arde
[G.Cruz]
"Não sei como contar a esplendorosa aventura..."
Contigo,
esquece os maus momentos a falta de notícias a preguiça
ergue-te e regressa
para olharmos a geada dos astros deslizar nas vidraças
e os pássaros debicam o outono no sumo das amoras....
.... iremos pelos campos
à procura do silente lume das cassiopeias...
[Al Berto]
...mas sei-a tão bem sentir.