Não por acaso
E, até então, vivemos como polos distantes sob decretos de aço.
A menos que caia o céu vertiginoso, e lágrimas da terra em convulsão. E o mundo seja prensado em planisfério. Como as linhas, também o sentimento oblíquo, podemos abraçar-ses em todos os ângulos: enquanto outros, em verdade paralelos, podem nunca se encontrar apesar do ocorrer da vida.
Não é acaso o amor que nos une, nem invejoso destino, é a conjunção da mente e a oposição dos astros. É um querer.
Comentários
Não se procuram um ao outro: encontram-se.
[O. Paz]
Assim..., tudo.
Contigo,
sem fim. Nem sequer o céu com suas nuvens.
Só o teu rosto, só o mar e o fogo.
As chamas, e as ondas, e os teus olhos.
[E. Carranza]
Somos como o fogo e o mar.
Como a vida.