Canção de Setembro



Ainda perdura na memória a pressão suave dos teus dedos entrelaçados. Nem a escuridão, nem o adormecer, apaga o conseguido; esta voz foi abafada em silêncio ininterrupto – estas mãos estão agora curvadas em profunda tranquilidade.

Os teus passos podem ser lentos, aproximando o fim da peregrinação aqui; e ainda o recital de uma pequena história, como chuva no deserto. Não importa que tesouros, de Setembro a Setembro, que sorte respondeu à tua chamada – a mente pode esquecer, mas o corpo irá lembrar o mais brilhante sentir.

Comentários

Maria disse…
Que sabiam os olhos e as mãos,
que sabia a pele, que retinha um corpo
da respiração do outro, que fazia nascer...

[José Ángel Valente]

Todos os meses.
Contigo,
Unknown disse…
Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!

[José Régio]

Todos os momentos.
Contigo,

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