O beijo VII



Brilho lacrimal nos olhos de castanho suave, apaixonado pela esfera rebelde, persegue-a um suspiro. Passaros em árvores dispostos, que ninguém duvide da organização harmónica. Beijam-se, sem ruído. A sua face ardente; fala sem ressentimento: se o vento te beija, porque não eu?

Para isto foram feitos os nossos lábios. Que outra coisa senão a rara devoção? Deverá ser paga alguma coima a título de arrebatamento?

Comentários

Maria disse…
pousa os lábios sobre a página, pousa os lábios sobre
o papel. devagar, muito devagar. vamos beijar-nos.

[José Luís Peixoto]

Beijo-te,
Unknown disse…
Ver-te é como ter á minha frente todo o tempo
é tudo serem para mim estradas largas
estradas onde passa o sol poente
é o tempo parar e eu próprio duvidar mas sem pensar
se o tempo existe se existiu alguma vez
e nem mesmo meço a devastação do meu passado

[Ruy Belo]

Vejo-te,

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