Adstringência
Não é desvendado o tempo nocturno do seu cabelo, apesar da embriaguez crescente quando ela o entorna sobre o teu rosto: cordas que tremem sobre um arco. Foi naquela noite que a viu dançar, o movimento e o impalpável flutuar das suas roupas, a sua garganta erguida, o seu rosto brilhante.
Foi naquela noite que ele a ouviu cantar na sala verde, quando já ninguém dançava, através da espessura das paredes. (Como iria chegar a ela, colocando de parte o parecer amargo?)
Comentários
O perfume adocicado a misturar-se com outro aroma, o meu; a tua mão que descansa no meu peito,
e as pontas dos teus dedos que descem tamborilando pelos meus músculos; rodamos enlaçados;
estremecimento selvagem e aquele quarto fragmenta-se em luz e sombra e dissolve-se.
F.M.
Tua,
Beijo-te,