O que escrevo II
Ela não foi. A passagem de cada dia vazio trouxe-a mais perto. Aquelas coisas que eram parte de ambos, que planeavam juntos, pedaços dela que ficavam e o dilaceravam com a precisão de um gume afiado.
O tempo encerra a sua cura – mas os anos que passam não conseguem apagar o que foi escrito no interior do corpo.
Comentários
António Franco Alexandre
Beijo-te,
como quem, tendo sede, vê na água
o reflexo da mão que a oferece,
seria folha de árvore ou sério gnomo
absorto no silêncio de uma rima
onde a morte cessasse para sempre.»
António Franco Alexandre
Beijo-te,