A janela
Ninguém pode enjaular os olhos que se acercam de uma janela, nem proibir que percorram o mundo até aos seus confins. Nos claustros, cozinhas, estrados e gabinetes da literatura universal existe uma janela fundamental à narrativa, e também nos quartos de hotel que pintou Edward Hopper. Alguém que lê um livro ou que estava a falar com um amigo, espreita pelo vidro, levanta uma persiana, e os seus olhos começam a fugir, pássaros em debandada que nenhum ornitólogo conseguirá classificar, nenhum caçador matar, que levantam voo com destino ao lugar incerto de que apenas se sabe estar longe.
Portalegre, 2012 |
Ninguém pode enjaular os olhos que se acercam de uma janela, nem proibir que percorram o mundo até aos seus confins. Nos claustros, cozinhas, estrados e gabinetes da literatura universal existe uma janela fundamental à narrativa, e também nos quartos de hotel que pintou Edward Hopper. Alguém que lê um livro ou que estava a falar com um amigo, espreita pelo vidro, levanta uma persiana, e os seus olhos começam a fugir, pássaros em debandada que nenhum ornitólogo conseguirá classificar, nenhum caçador matar, que levantam voo com destino ao lugar incerto de que apenas se sabe estar longe.
Comentários
(silencioso)
om olhos que afinal são pétalas..."
e.e.cummings
Beijo-te,
we'll kiss each kiss other on kiss the kiss
lips because tic clocks toc don't make
a toctic difference
to kisskiss you and to
kiss me)
E.E.Cummings
Beijo-te,