Agora a luz
A luz recua; esticas-te com as mãos a tactear, enquanto as terras que atravessas se escondem da tua vista, misteriosas, dobradas em noite profunda. Não te importas, de todas as exigências queres agora a luz. E ali fica. Nunca conseguirás agarrar este brilho fugaz, a sua chama morreria se fosse apanhada, o seu valor é aquele que sempre pareceu ter sido.
Atormentado, mas iluminado, és levado ao desconhecido. Não estás a sonhar.
Comentários
[Ary dos Santos]
E assim amanhecemos.
Tua,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.
[C.D.de Andrade]
E assim aprendemos.
Teu,