Aldina Duarte
Começa por partir os espelhos da tua casa, deixa cair os braços, olha vagamente a parede, esquece-te. Canta, escuta por dentro. Ouves (mas isto acontecerá muito depois) algo como uma paisagem, com silhuetas seminuas, penso que estarás bem encaminhada, ouves um rio por onde passam pequenos barcos pintados de verde e negro, ouves um sabor de pão, um toque de mãos, uma sombra de um felino.
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E nós, uns mortais privilegiados, por ela pertencer aos nossos dias.
Beijo-te,
Beijo-te,